[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
quarta-feira, outubro 04, 2006
249.ª etapa
FUSÃO DE EQUIPAS
O pelotão profissional português tem vindo a ter 10 equipas, o que eu sempre achei desenquadrado da nossa realidade desportiva e económica. Há uns meses atrás ressurgiu o Benfica. É bom – também sempre o defendi – ter, pelo menos, um dos “três grandes” no pelotão. É bom por tudo. A começar pelo facto de isso chamar mais gente à estrada. Gente que, não centrando propriamente no ciclismo a sua principal paixão desportiva, não deixará de negar ao clube do seu coração o apoio que lhe quer dar. Não podendo ir ao Estádio da Luz todos os domingos, que melhor maneira de apoiar o clube do que descer à berma de uma estrada próxima do seu local de residência, seja em que parte for do País, para acenas com bandeiras e chechecóis?
É tão difícil assim de perceber isto? Tão límpido que me parece a mim!
Com o aparecimento do Benfica teríamos então… 11 equipas!!! Mas não vamos ter. Vamos continuar com as mesmas dez porque a Madeinox deixa Vila Nova de Gaia e vai apoiar o Centro de Ciclismo de Loulé. Digamos que nenhuma das equipas acaba, apenas se juntam para formar uma, a qual todos desejamos seja mais forte ou então estaria desvirtuada a ideia de fusão. Sinceramente não sei se vai acontecer, isto com o meu evidente pedido antecipado de desculpas se vier a provar-se que estou enganado.
Numa interessantíssima discussão que, desde há algumas semanas, vem sendo “patrocinada” pelo Cyclolusitano, temos vindo a discutir esta hipótese. A de reduzirmos o número de equipas pela fusão de vários projectos. Eu acredito que o ciclismo português só teria a ganhar.
Cada equipa tem, pelo menos, dois patrocinadores mais ou menos equivalentes no que respeita ao capital investido. Olhando para os orçamentos das equipas na temporada agora finda, a média fica-se pelos 400.000 mil euros e 9 ou dez corredores por equipa. Ora, juntando duas equipas é fácil de fazer as contas. 800.000 euros a dividir por menos efectivos uma vez que 13/14 (em vez dos, pelo menos, 18) corredores mais 2/3 massagistas e 2 mecânicos significaria melhores ordenados para estes. Ia ficar gente de fora? Pois ia. Pois vai, mais dia, menos dia, mais ano menos ano… Lamento por eles. Mas estamos a falar do TODO o nosso ciclismo e a parte não pode sobrepor-se ao todo.
Mas o ciclismo português tem que ser repensado. De cima abaixo.
Na verdade, para que quereríamos 5 ou seis equipas com o estatuto de Continental? Que ganhávamos com isso? O ciclismo… nada!
Haverá, contudo, e ao nível individual quem encontre argumentos para contestar esta revolução que urge ser feita.
A solução? - e o mínimo que se pode pedir a quem avança com uma ideia deste tipo é que apresente uma solução – A mim parece-me simples. Reduzir (o que não significa nada de menorização) algumas das equipas actuais ao estatuto de Equipas de Clube e reforçar o Calendário Nacional. Aquele mesmo (as corridas .12) no qual, afinal de contas, esta mesma temporada que agora acaba foi o que mais corridas ofereceu a essas mesmas equipas. Mas íamos tentar reforçá-lo.
Depois, sobravam duas, três equipas no máximo, para competir no calendário do Circuito Europeu da UCI, o qual tem 7 (sete) corridas em Portugal. Era o suficiente para convencer alguns patrocinadores. O resto… o resto implicava acordos bilaterais entre as organizações de corridas em Portugal e Espanha.
As organizações portuguesas convidavam 3 ou 4 equipas espanholas para as suas corridas (o que, aliás, já acontece) e ficava assente que as organizações espanholas fariam exactamente o mesmo em relação às tais duas ou três (no máximo) equipas lusas.
Não parece mesmo simples?
Sete corridas em Portugal, mais seis ou sete em Espanha (e já só estou a falar de Espanha) dava 12 corridas. Volta a Portugal à parte.
Este ano tivemos 21 corridas em Portugal. Há uma diferença de 9 corridas mas há aquela situação de excepção para equipas… mistas. Que, mantendo-se (talvez com pequenas alterações, que privilegiassem sempre as equipas de clube) podia manter a maior parte dos atletas em competição ao longo da temporada.
Mas eu não faço regulamentos. E há uma Associação de Equipas e uma Associação de Corredores Profissionais… e há a federação. Sentem-se à mesa e discutam as possibilidades que podem existir. Eu só ofereço a ideia.
Partindo do princípio mui “olímpico” de que o que interessa é competir, as equipas não perdiam nada. (A maioria delas já não ganha nada de jeito cá dentro!... cala-te boca!...)
E o que se ganhava? Com orçamentos reforçados devido à tal fusão, ganhavam os ciclistas melhores condições contratuais. Com uma presença mais assídua no pelotão internacional (nem que fosse só em corridas em Espanha) ganhava o ciclismo português.
As equipas de clube continuavam – e não têm que queixar-se porque é isso que delas se espera – a formar corredores, potenciais futuras estrelas. As equipas profissionais, que pagariam, na transferência desses jovens valores das equipas de clubes, uma verba justa, devida à mesma formação, podiam depois “mostrá-los” no pelotão internacional e, com isso, tentar fazer dinheiro com uma eventual transferência.
O que há de inexequível nisto?
Não vejo nada!
Bem sei que a fusão entre a Madeinox e o CC Loulé não há ponta de relação entre as tais fusões que defendo. Mas o exemplo pode ser ponderado tendo em conta o que atrás ficou escrito.
Ou não?
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2 comentários:
Muito grato quanto à sua participação, devo dizer que concordo plenamente que faz falta uma intervenção "a valer" naquilo a que chamamos a "base da pirâmide".
Muito bem. Contudo, notar-se-á a falta de discussão desse tema aqui, no VeloLuso.
Como você é o primeiro a abordá-lo, passo a explicar qual tem vindo a ser a minha, camemos-lhe: regra.
Estou plenamente de acordo que é necessário acompanhar e apoiar mais todo o ciclismo abaixo dos sub-23, que neste escalão, muito à custa dos responsáveis pelas principais formações, já há trabalho feito.
Então, porque é que eu venho a insistir no ciclismo ao nível do topo do nosso ciclismo, parecendo estar a esquecer-me da base?
Porque não estamos (ou não queremos, ou não desejamos) criar nada de novo. Aí sim, nesse caso não faria sentido começar a construir a casa pelo telhado.
O ciclismo já existe. O cclsmo português existe eestá aí nas estradas e eu tenho vindo a bater-me pela reformulação, tanto do calendário como do quadro de equipas porque, quando começar-mos a trabalhar a partir de baixo convinha que já existisse e estivesse a funcionar nas melhores conidições, algo no topo. Algo que pudesse ser usado como... objectivo. Como meta para os praticantes mais jovens.
Digamos que, querendo reconstruir a "casa" do ciclismo, e sendo, estamos de acordo, preciso começar por levantar o velho chão e erguer novas paredes, o que eu venho a dizer é que, vamos primeiro escorar o velho telhado para que este não se abata sobre todos.
E a "minha" pirâmide continua a ser: uma equipa no principal pelotão mundial; duas a três no pelotão europeu; todas as que for possível - desde que dêem suficientes garantias de que os seus projectossão viáveis, no pelotão nacional e, daí para baixo... tudo. Até levar ciclismo para a escola. Depois, fazendo o caminho inverso até ao "tecto", teríanos as escolas de ciclismo, os clubes que se dedicassem à formação de aletas - juvenis, cadetes, júniores -, de forma a criarem uma plataforma em que a oferta fosse suficiente para renovar os clubes de sub-23 e, aqui, que os melhores pudessem sonhar com a passagem a profissionais, quando prifissionais que pudessem sonhar com um lugar numa das equipas do pelotão europeu e, já nestas, continuarem a querer progredir para ganharem um lugar na equipa do pelotão mundial que, observando-se este esquema, seria quase a selecção nacional. Pelo menos teria os melhores corredores do País.
Repare que eu esquematizo tudo de forma a que, para os corredores, em cada um dos patamares da pirâmide sobrasse espaço para alimentarem a sua ambção de subir ao patamar imediatamente superior.
Começar agora com uma inervenção mais... palpável, ao nível da base, sem termos definidos todos os passos a dar até se chegar ao cume... estaríamos apenas a criar corredores que, depois de júniores não teriam equipas no escalão acima para encetarem uma verdadeira carreira, e não estando consolidados os dois patamares acima... lá se iam muitos deles, por falta de equipas e os que ficassem... iam encontrar o mesmo prolema ao fim de dois anos.
Por isso acho que não faz mal, neste momento, preocupar-mo-nos um pouco com o "telhado", antes de começar a "levantar" o chão.
Quanto à forma como os media seguem o ciclismo... pois. Estamos os dois de acordo outra vez.
Manifestei, aqui mesmo e logo na altura, meu desagrado por ver os "josés castelo branco" e companhia, mas depois tento perceber a Organização.
Olhe, dou-lhe um exemplo: apesar da sua grande históra, o Expresso tem de estar a oferecer DVD's de forma a não perder leitores. É lamentável, mas os seus responsáveis terão achado que sem este brinde o jornal não venderia o que costumava vender...
Em relação aos espectáculos musicais, eu diria ainda mais. Num País, pequeno sim, mas com tantas particulirades, tantos usos e costumes, tanta forma de se expressar, pela música, por exemplo, não deviam as autarquias - que pagam e pagam bem - aproveitar para promover o que é genuinamente seu?
Não era mais "pimba" de certeza ouvir os corais alentejanos, ver um homem a fazer um cesto com finos ramos de faia; ver e ouvir o colorido dos ranchos folclóricos... numa palavra: promovendo a terra. E justificando asim o dinheiro que gastaram e que e dos contribuintes.
Os Makaeis, as Ágatas... que contratem os seus espectáculos...
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