quinta-feira, outubro 26, 2006

294.ª etapa


SEGUROS E CONFUSÕES (EXCLUSIVAMENTE MINHAS)

Recebi esta mensagem do Pesidente da Associação Portuguesa de Corredores Profissionais (APCP) e, pela importância que tem, transponho-a para aqui.

Parece que fizeste alguma confusão no artigo sobre os seguros. O fundo de solidariedade da UCI (os tais 13.500 €) para os corredores de equipas ProTour e Continentais Profissionais foi alargado para os corredores de equipas Continentais, mas para estes só em caso de morte ou invalidez.

Já foram utilizados dinheiros desse fundo, para alguns corredores que faleceram desde 2002 (o mais falado foi o Andrei Kivilev, reverteu a favor da viúva) mas para os que deixem de correr (fim de carreira) só no início do próximo ano é que começarão a ser pagas as primeiras indemnizações. O Seguro teve primeiro de capitalizar durante 5 anos antes dos primeiros pagamentos.
(Abriu-se excepções aos que faleceram pois já havia algum dinheiro).

Este fundo não tem nada a ver com os seguros obrigatórios que as equipas têm de fazer a favor dos seus corredores (Seguro de Acidentes de Trabalho, Seguro Desportivo de Acidentes Pessoais e Seguro de Responsabilidade Civil). É, digamos, mais um seguro e uma indemnização de final de carreira, a favor deles, constituído pela UCI e com a contribuição dos próprios corredores que revertem 5% dos seus prémios para o mesmo.

Também convém dizer, e penso que saberás, que os ciclistas são os únicos desportistas que revertem 2% dos seus prémios para a luta anti-doping. Portanto, nada disto tem a ver com a AG da UVP-FPC, os corredores das equipas continentais, por enquanto, só recebem deste fundo indemnização em caso de morte ou invalidez permanente (foi o que nós, APCP, conseguimos demonstrar para os gestores do fundo que os corredores das equipas continentais tinham que ter direito a algo uma vez que nas provas internacionais também descontam 5% dos seus prémios.

Paulo Couto

O que eu tinha escrito – e anulei a “etapa” por não fazer sentido – recoloco-o aqui porque não escrevo agora para, quando “abrir os olhos”, apagar tudo por “arrependimento” e era isto:
O seguro, que serve para cobrir eventuais impedimentos – de ordem física (lesões prolongadas) ou mesmo de morte de um corredor – de sustentar, pelo menos temporariamente, as suas respectivas famílias, incluindo-se ainda aqueles que, por motivo de idade, são obrigados a pôr termo às suas carreiras, e que já era de 13.500 € para os corredores das equipas PtoTour e Profissionais Continentais, foi agora alargado às equipas Continentais.

Acho que ficou perfeitamente explícito, no esclarecimento do Paulo Couto, que isto NÃO PODIA TER SIDO DISCUTIDO na última Assembleia-geral da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Aqui fica, juntamente com a reposição dos factos, o
“mea-culpa”…

2 comentários:

mzmadeira disse...

Claro, caro Viking.
Posso ser teimoso, mas sei admitir quando erro. E por isso mesmo, por ser falível, assumo conscientemente as minhas responsabilidades.

mzmadeira disse...

Não, não só teimoso. Também me esforço por ser rigoroso...