[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
domingo, outubro 08, 2006
256.ª etapa
VOLTEMOS ENTÃO À PISTA...
Na sequência do artigo sobre o ciclismo de pista, que aqui deixei há dois dias, recebi um e-mail de um amigo que, por acaso, até tem muito a ver com o assunto porque teve a coragem (estou a plagiar-te Paulo) de avançar com o suporte da organização do Troféu Nacional de Pista, em 2004. Tem razão o Paulo (Quintino). Escrevi ao correr da pena e não tive a preocupação de tentar saber se a iniciativa ainda perdurava ou não. Felizmente, parece que sim e, já agora, aproveito para convidar todos a experimentarem dar um salto à pista mais próxima para assistir, na próxima temporada, a algumas corridas de pista. Vão ver que não darão o vosso tempo por mal empregue.
Entretanto, e na conversa posterior ao e-mail (que podem ler nos “comentários”) que mantive com o Paulo Quintino, aproveitámos para divagar sobre o tema. Ambos achamos que há, de facto, uma brecha a preencher no nosso ciclismo, exactamente a sua vertente de pista. Pedia-se, pois, à federação que não deixasse de investir no ciclismo de pista. À federação e não só. As autarquias que têm pistas no seu território deviam colaborar, dando uma ajuda que seria, só por si, preciosíssima e que era o de reabilitarem as suas pistas. As que precisam, claro, e estou a lembrar-me da de Sangalhos, por exemplo.
O passo seguinte bem que poderia ser a contratação, por parte da federação, de um técnico especializado. É um investimento que, acredito, poderia vir a revelar-se bastante rentável num futuro a médio prazo. Porque teria que começar-se muito do princípio – sem que com isto esteja a dizer que o trabalho que já se faz, com os técnicos que já se tem, não está a ser bem conduzido – e, concordámos os dois, eu e o Paulo Quintino, na tal nossa conversa, que uma aposta num técnico credenciado poderia ser a chave para mais depressa abrirmos a porta do futuro.
Veja-se o que aconteceu, por exemplo, com a nossa selecção de voleibol. Não quer dizer que não tenhamos bons técnicos de voleibol em Portugal, mas a vinda, há uns anos atrás do cubano Juan Diaz fez o nosso volei dar um enorme salto e, de praticamente desconhecido a nível internacional, rapidamente Portugal passou a estar presente nas principais competições.
É só uma ideia.
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1 comentário:
É então este o teor do e-mail que o Paulo Quintino me enviou, e que aqui volto a agradecer.
Manel, parabéns pela coragem que tiveste em abordar esta vertente do ciclismo (ao fim de 252 etapas), da qual eu sei que gostas, e a prova é que foste o único jornalista a dedicar-lhe um espaço num Jornal Desportivo. Mas não posso concordar quando dizes - “O ano passado tentou-se, com a boa vontade da federação – mas foi mesmo só a boa vontade – revitalizar o Ciclismo de Pista. Redundou num tremendo fracasso”. Pois na minha opinião, o redundante fracasso, resultou numa redundante vitória, no sentido de que valeu a pena por à prova os atletas, técnicos e comissários e demais pessoas e entidades envolvidas, que demonstraram um esforço e empenhamento excepcional, que só pode ser explicado pela paixão que se sente pela modalidade; pois os apoios existentes são poucos ou nenhuns.
Até a classe de Comissários beneficiou com a Pista, proporcionando-lhes um contacto directo com a vertente, dando-lhes experiência para a sua participação em eventos como os Campeonatos do Mundo de Ciclismo, o que já aconteceu com uma das nossas Comissárias.
A prova de que o ciclismo de pista é uma realidade no nosso país, é mais uma vez feita pelo empenho das várias equipas participantes, das quais posso dar vários exemplos, uma vez que só quem está por dentro das iniciativas é que se apercebe dessas realidades, e por isso cabe-nos a tarefa de fazer justiça às mesmas. Então, e considerando que estamos a falar de cadetes e juniores, aqui vai:
Temos o caso do Clube de Mirandela que, para estarem presentes, têm de sair de casa de véspera, fazer as viagens de noite, fazendo deslocações de muitas centenas de quilómetros; O Clube de Estói, com as mesmas dificuldades logísticas; os Matocheirinhos, com um fervor exemplar pela modalidade; o Milharado, o clube com maior número de atletas; o Azeitonense, o Tavira e o Lousa, este último com um grande campeão que esteve às portas de integrar uma equipa que o levaria a um estágio de 3 meses na Suiça, com atletas de toda a Europa. Devo dizer ainda que os 40 a 50 atletas participantes desenvolveram as suas participações por 3 anos e não apenas no último ano, tendo sido revelados talentos que com o acompanhamento técnico necessário chegariam longe.
Importante ainda de frisar o que o Jornal Litoral Centro escreveu no dia 4 Outubro 2006: “Aproveitando a presença de Laurentino Dias, Litério Marques lançou um desafio ao governante: "O nosso trabalho desportivo ainda não acabou, precisamos da pista de Sangalhos para criarmos condições para a prática do ciclismo", pediu, adiantando mesmo que a autarquia já tem o projecto preparado e os custos previstos para a realização da obra, que serão apresentados ao Secretário de Estado do Desporto. Quanto à pista, o governante deu o seu parecer positivo à concretização deste objectivo. "Quando me lançou o desafio, já sabia que ia ter o meu parecer favorável, porque é necessária uma infra-estrutura para o ramo de bicicletas", afirmou, justificando esta opção como um empurrão que "é necessário…”. Para Laurentino Dias, "este projecto tem todas as condições para vingar, porque com ele queremos envolver o desporto, a economia e o país".
Não podemos é confundir ciclismo de estrada com ciclismo de Pista. Este projecto deu o seu primeiro passo em 2004 com o Troféu Nacional de Pista, e estou de acordo com o Sr. Secretário de Estado do Desporto quando disse “Este Projecto tem todas as condições para vingar”.
Mas também concordo contigo: “A federação tem boa vontade, mas boa vontade não chega."
Um Abraço
Paulo Quintino
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