segunda-feira, outubro 30, 2006

305.ª etapa


SÓ NÃO ENTENDO... PORQUÊ?!!!

Hoje, pela enéssima vez, fiquei a saber, por terceiros – sempre por terceiros –, que muitos dos meus comentários, aqui, no VeloLuso, têm desagradado, em particular a uma pessoa. Pessoa que eu admiro e respeito. E em relação a quem, posso garanti-lo, e empenho nisso a minha palavra, me referi aqui sempre com total lisura e sem objectivos persecutórios.
Calhou, porque abordei determinados temas, que ficasse subjacente o seu nome, que raras vezes citei, se é que citei mesmo. Porque em causa nunca, mas nunca esteve a pessoa em si, pessoa, e repito-me, que só me merece admiração até porque tem, ao longo destes anos todos que eu ando no ciclismo, muitos menos do que ele, claro que sim, mas que já não são tão poucos assim, sempre foi A VOZ mais crítica em relação ao sistema reinante. E quantas vezes discutimos, os dois, isto mesmo? Muitas, também.

Ora, o que me toca de sobremaneira é que a mesma pessoa que entende por bem – e ainda bem – não se calar ante situações que ele considera discutíveis, fique, de alguma forma melindrado por alguns dos meus comentários. Por não lhe agradarem.

Para quem se assume abertamente como contestatário é, no mínimo, estranho que tenha tanta dificuldade em aceitar opiniões que, é a ilação que sou obrigado a tirar, a ele não lhe agradam.

Não é, nunca foi, minha intenção tomar-lhe o lugar de “voz contrária ao establishement”. Por aí pode ficar descansado.

Então, sobra o quê? Dificuldades em conviver com quem não é obrigado a concordar com ele? Será isso?

A mim parece-me que me está a dar mais importância do que aquela que eu tenho. E que de certeza não mereço. Sou um simples jornalista que, de ano a ano faz o balanço das temporadas e julga, enquanto crítico, o trabalho mostrado nas estradas por A ou B. Só isso. Faço-o com a ingénua intenção de tentar contribuir para um melhor ciclismo em Portugal.

Que, acho eu – e espero não estar enganado, ao fim de tantos anos – é o mesmo que ele pretende quando publicamente critica o tal establishment. Então, qual será o motivo pelo qual, aparentemente, eu sou neste momento o “inimigo n.º 1”.

E repito. Não será que me está a dar uma importância que eu não fiz por merecer?

Acredito que é uma situação que resolveremos na primeira oportunidade que tivermos para estar juntos. Como já estivemos tantas vezes e como já falámos tantas vezes. Cada um defendendo os seus pontos de vista e, civilizadamente, acabando por aproximar razões. Porque não há razão que valha este hostíl virar de costas. Até porque isso não fará, de certeza, que cada um de nós deixe de pensar exactamente como pensamos hoje. Pensámos ontem e continuaremos a pensar amanhã. Porque ambos somos coerentes.

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