[Acordo Ortográfico] # SOU FRONTALMENTE CONTRA! (como dizia uma das mais emblemáticas actrizes portuguesas, já com 73 anos, "quem não sabe escrever Português... aprenda!») PORTUGUÊS DE PORTUGAL! NÃO ESCREVEREI, NUNCA, NUNCA, DE OUTRA FORMA!
segunda-feira, outubro 16, 2006
269.ª etapa
NÃO É UMA TRAGÉDIA NÃO TER O PRINCIPAL BENFICA EM TODAS AS CORRIDAS
Como “extensão” do artigo anterior, retomo o tema-Benfica.
Vamos lá ver, o que está aqui em discussão não é a possibilidade ou não de o Benfica fazer todas as corridas do calendário nacional. Se fosse esse o primeiro desejo dos seus responsáveis, não teriam inscrito a equipa como Profissional Continental.
O Benfica quer retomar a rota das estradas europeias, tendo previstas participações (ainda algumas) muito para além dos Perinéus. Espanha é sempre destino lógico, pela proximidade, mas é do conhecimento público que na agenda dos encarnados estão também participações em corridas em França, no Luxemburgo – nem quero imaginar o que poderá vir a acontecer, com tantos portugueses a viverem no Grão-ducado – e também na Suíça.
Com o plantel mínimo de 14 corredores, com o desgaste que se adivinha e se irá acumulando ao longo da temporada, não vai ser tão fácil assim para o Orlando Rodrigues fazer uma gestão equilibrada dos seus efectivos.
E ainda há uma corrida por mês para disputar em Portugal.
Ora, há-de haver alturas em que, com uma equipa a correr em Portugal, e com outra a prepara-se para um qualquer compromisso no estrangeiro, correr uma terceira prova – às vezes tudo no espaço de uma semana – implicaria que Orlando Rodrigues não poderia conceder períodos de repouso a parte do seu grupo de trabalho. Porque, olhando para o plantel encarnado, se é perfeitamente possível identificarmos dois ou três chefes-de-fila, nos quais Orlando Rodrigues irá apostando à vez, podendo os outros ficar a fazer uma gestão de esforços, já quanto àquilo a que chamo o núcleo duro, os homens de trabalho, os sapadores, aqueles que vão ter de proteger o sei líder, controlar a corrida dos adversários e puxar no pelotão para anular fugas, esses, e conforme a importância da prova e os objectivos da equipa, nessa mesma prova, pouco poderão descansar. Ainda assim, vão ter que descansar.
E chegamos à conclusão de que, só com 14 corredores, nas corridas do calendário nacional o Benfica dificilmente poderia apresentar mais do que dois ou três corredores da equipa principal, de cada vez. Aliás, a equipa de sub-23 nasce exactamente para colmatar a falta de efectivos na equipa Profissional
Entretanto, e quanto à posição da Federação Portuguesa de Ciclismo, como escrevi logo no artigo anterior, no aspecto regulamentar não há nada a apontar. Os regulamentos, neste caso particular do Benfica (deste Benfica) já existiam ainda antes de a equipa ter começado a estruturar-se.
A questão é que o retorno do Benfica à estrada, ainda por cima com nomes como o e José Azevedo na equipa, levantou de imediato uma imensa curiosidade por parte da affición, adeptos do clube da águia ou não. E o que agora está a passar-se – e ainda bem que é atempadamente – é que ficará alguma frustração em muita gente por cair na realidade e perceber que, em muitas corridas lá estarão as camisolas vermelhas, mas não os principais nomes da equipa.
Mas há outra situação que a mim me parece ainda mais delicada…
Falo dela já a seguir.
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