QUANDO É QUE POR CÁ
APRENDEMOS ISTO?
Ainda hoje fico irritado, e aconteceu não há muito tempo quando da minhas arrumações fui dar com um dossier de imprensa da Artiach, de... 1992!, vejam lá...
Dizia, ainda hoje fico irritado quando, e aquele exemplo serve, leio Américo Neves e Orlando Gomez (ainda por cima com o Gomes espanholizado!).
Quem eram estes corredores - portugueses - da equipa que Paco Giner orientava? Exactamente, o Américo Silva e o Orlando Rodrigues.
Porque é que os seus nomes saiam errados?
Eu já aqui expliquei isto, e por mais de uma vez...
Mas vamos lá a mais uma tentativa. Água mole em pedra dura...
Tal como acontece connosco, portugueses, em Espanha também é o apelido do pai aquele que se usa normalmente na identificação de qualquer pessoa. Não sei porquê, mas é assim.
Acontece que, em Espanha ainda vão mais longe neste privilégio... paternal. O seu apelido é o primeiro, no nome dos descendentes.
Se, em Portugal, embora prevaleça o apelido do pai, este é o nosso último apelido, com o apelido da mãe a ficar mais junto ao(s) nosso(s) nome(s) próprio(s), em Espanha não. Quando do registo, a seguir ao(s) nome(s) do pimpolho(a) vai logo o apelido pelo qual será mais tarde reconhecido: o do pai. E a mãe fica mesmo em segundo plano.
Por isso, quando inscreveu os corredores Américo Neves Silva e Orlando Gomes Rodrigues, a equipa Artiach "leu" os nomes à espanhola. Daí o Américo Neves e o Orlando Gomez (aqui com um nítido abuso, na espanholização do mui português Gomes).
Curiosamente, e para isso terá contribuído o facto de já serem sobejamente conhecidos, mesmo fora das nossas fronteiras, nem o José Azevedo, nem o Sérgio Paulinho viram os seus nomes alterados.
E porque é que volto eu ao assunto?
Porque toda a gente sabe disto. Toda a gente devia saber disto...
E para rectificar o nome do vencedor da etapa de hoje da Volta a Portugal.
Em Castelo Branco ganhou o Francisco José Pacheco.
Parabéns a ele.
Parabéns à Barbot-Halcon.
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