quarta-feira, agosto 15, 2007

789.ª etapa


MAIS DUAS OU TRÊS NOTAS SOLTAS

Primeira para esta nova subida. A de Carrazedo. Sim senhor, esta sim, Joaquim Gomes! Bela subida. É difícil para os corredores? Num tapete daqueles? E é lindíssima para ataques e contra-ataques…
… e outra coisa, não sei se repararam, ou se gravaram e podem rever. A subida tinha (tem) cerca de 10 quilómetros e eu não vi UM ÚNICO CARRO parado nas bermas!
Por momentos, pensei que estava a ver uma corrida e Espanha, ou em França.
Ok, depois do topo já havia carros do lado esquerdo que tinham sido barrados ali.
Muito bem!

A segunda… é de anedota!
Então a Anacom tinha mesmo que “aprisionar” o carro da Liberty Seguros mal ele passou ela meta? Mais um bocadinho – ou menos, segundo as perspectivas – tinha-o mandado encostar a meio da subida deixando os Corredores sem apoio.
Senhores!!!! Não se sai da Torre sem ser por aquele estrada por onde se entra.
Ok… se não tivesse sido ali, naquele momento, não tinham aparecido na televisão.
Parecem da ASAE… que convoca as televisões de cada vez que vai apreender discos e cassettes piratas às feiras de província.
A Liberty até pode ter feito umas habilidadezinhas com as frequências a merecerem uma multazinha, mas um telefonema para a organização a perguntar em que hotel iriam ficar e esperarem lá pelo carro ou, se não confiavam em ninguém… esperar cá em baixo, no cruzamento e aí, mandar parar o carro, até porque os corredores, deduzo eu, terão seguido mais confortáveis no autocarro. Mas a verdade é que ainda o décimo corredor não tinha cortado a meta e já a RTP (muito bem, excelente o sentido de oportunidade do Alex Santos) nos mostrava a cena bizarra de um GNR a cassar os documentos ao Vítor Paulo…

A terceira já é repetente, aliás já chumbou mesmo por faltas.
Não se pode aceitar – e não se deve CALAR – a vergonha que é uma corrida como a Volta a Portugal, recordo, com a categoria HC – logo a seguir às Três Grandes – e não consigo sequer, mesmo no pior dos cenários, imaginar porquê, ter as placas OBRIGATÓRIAS de aproximação à meta timidamente mostradas por um funcionário que, conforme esteja mais ou menos envergonhado – eu estaria – as exibe à altura do peito ou lá levanta os braços a mostrá-las.
Estou à espera que alguém me explique isto… se calhar, e como os primeiros avisos foram ignorados, já não terei explicações. Mas que coro de vergonha, coro.
O que será que impedia, no meio do descampado da Serra da Estrela, levantar dois tubos que sustentassem a placa? Como aparecem umas – a dos 8 e 7 quilómetros apareceram – e depois a dos 4 já estava nas mãos de alguém – e não outras, eu desconfio que a publicidade que justificaria o levantar dos dois tubos para suportar o respectivo pano tenha falhado… punham mais um pano da Lagos Premium… Não sei…
Sei é que se o Presidente dos Comissários, e isto aconteceu tantas vezes, não for cego, lá vai nota negativa. Ou é isso que querem? Assumam-no.
E a falta de aviso – sonoro, com uma sineta, como mandam os regulamentos – que ainda faltava uma volta para que a passagem pela meta fosse fim de etapa, nas três jornadas com circuito no fim, foi outra falha grave que, aparentemente, mais ninguém viu.
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Finalmente... foi preciso esperar vinte e tal anos até que, em 2004 - a última vez que se tinha subido à Torre - um corredor conseguisse vencer, na mesma edição da Volta, no alto das duas mais importantes subidas que temos no nosso mapa, a Senhora da Graça e a Torre. Fê-lo, pela primeira vez, David Arroyo, então a correr com as cores da LA-Pecol. Pois, este ano Eládio Jimenez, da Karpin-Galicia, repetiu o feito. Ainda por cima, quando todos recordamos que há cerca de um mês e picos ele ganhou no Alto de Montejunto, quando do Troféu Joaquim Agostinho. Se dúvidas houvesse de que o homem é trepador...

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