sexta-feira, agosto 10, 2007

777.ª etapa


VAI TUDO MUDAR. DE ALTO A BAIXO!...

Mas, e até tendo em conta os últimos desenvolvimentos, sou obrigado a reconhecer – perdoem-me a imodéstia – que a minha ideia é brilhante.
O mais certo é que vindo a ser aproveitada faça rica muita gente e eu continue de bolsos vazios. Devia registá-la.

O Ciclismo profissional é um Espectáculo. Ok… não deixará de existir o ciclismo de formação de recreio… mas o PROFISSIONAL É UM ESPECTÁCULO.
E terá de ser, não só aceite como organizado desse modo.

Tchau, tchau UCI… – descubram lá outras formas de terem cartões de créditos descobertos –, tchau, tchau federações… tchau, tchau organizações que gostam muito do Ciclismo mas que pagam tarde e a más horas.

Lembram-se de eu ter escrito isto? Procurem…

Dentro de três anos, no máximo, o Ciclismo de Elite estará reunido sob a jurisdição de uma nova entidade, que há-de ser criada – sim… ao estilo da National Basketball Association – sem ter que prestar contas a associações ou a federações ou confederações.

Uma máquina de fazer dinheiro. Porque o Ciclismo é uma máquina de fazer dinheiro.

E nem é difícil. Uns autarcas experts em sacos azuis, meia dúzia de empresas a necessitarem de se desfazerem de dividendos para baixarem os impostos perante o Estado e… está o Circo montado.

Para os Corredores – os melhores, terão que ser os melhores – não há nada a perder. Chorudos contratos e a garantia de que não há AMA que os chateie. Porque sendo um circuito fechado, totalmente privado, as regras não serão as das federações.

É o que acontece com a NBA.
Com o Circo da Fórmula 1.

Não há Tour?
Há o Grande Prémio da Europa.
Céus!... mas será que só eu é que vejo?
Está tudo em aberto…

Só me falta o dinheiro para ser eu a avançar.

A UCI? As federações?
Quem é que me vai impedir de fazer uma corrida de Ciclismo? Se tiver… muitooooooooooooooooooooooooo dinheiro?
O dinheiro compra tudo!

Há espectadores. Logo, as televisões estão interessadas.
Com as televisões interessadas… os patrocínios caem na mão. Com o dinheiro dos patrocínios faz-se tudo.

E se o Ciclismo está a ser tratado como modalidade marginal, se os Corredores estão a ser tratados como marginais… qual é o problema em abdicarem de ser atletas federados, de deixarem de ser seleccionáveis para os Mundiais (no Ciclismo?, deixem-me rir, que estou muito bem disposto!...) para os Jogos Olímpicos?
Peanuts!

Quem escolhe como profissão andar montado numa bicicleta durante seis horas, sob as mais implacáveis condições meteorológicas, sujeito a quedas, a lesões graves… quem escolhe ser Corredor optará, se para isso tiver as aptidões mínimas, por alinhar numa Liga deste tipo.

Não tem nada a ver com a Liga que o professor José Santos defende há 20 anos. Não será uma Liga para garantir emprego aos dd’s mas para garantir ESPECTÁCULO.

Isso de que vocês todos gostam… Corredores a suarem sangue para treparem o Anglirú… isso mesmo.

Mas muito mais bem pagos. Muito mais bem pagos.

Não matará o ciclismo de formação, não matará o ciclismo de competição a nível amador. Como a NBA não matou o basquetebol nos Estados Unidos e Canadá.

Criará um degrau superior. Só para os melhores.

E quando tivermos os melhores a correr com os melhores, e quando não for possível um organizador mais puritano dizer… a Astana não queremoso Alberto Contador… não queremos… esperando, sobretudo contando com os contratos que já têm feitos com as televisões, a entrarem por campos que não são os seus… continuaremos a ter o ESPECTÁCULO que é o Ciclismo.

Por isso eu já, e por mais de uma vez, ter aqui escrito que o Ciclismo não morrerá. Definharão, sim, os insignificantes defensores de uma moral que nem eles praticam.

Hei-de viver ainda o suficiente para me poder rir nas suas caras.

Mantenham-se alerta.
A hora da grande mudança está a chegar.
A hora dos CNAD’s que não conseguem ser notícia se direccionarem a sua luta – que acho pertinente sim, claro – em relação aos mais novos. Um júnior dopado não é notícia e o director do CNAD não é chamado à televisão…

O Ciclismo profissional não tem que ser trampolim para ninguém.
Desde as federações ao CNAD, desde alguns jornalistas até a uma imensa e desclassificada classe de jornaleiros.

Vem aí uma nova ordem.
É a segunda ou terceira vez que o escrevo.
Verão se tenho razão ou não.

2 comentários:

Antonio Dias disse...

Já percebi que o teu paradigma do ciclismo é o da Gewiss-Playbus...

mzmadeira disse...

Desculparás a minha ignorância, mas confesso que não "li" a tua mensagem... não percebi... não sei o que querias dizer...

A minha posição é só uma...
o Ciclismo é feito pelos Corredores; tudo o que os preserve dos humores, seja de quem - enquanto adpto ou responsável - só vê o Ciclismo do fundo de uma poltrona... é válido.
Tudo!
Mesmo que tenhamos que reescrever todas as regras do jogo.

Tudo é melhor do que ficar dependente de análises ou decisões vindas de puros mangas de alcapa.