segunda-feira, agosto 27, 2007

829.ª etapa


NÃO DEIXA DE SER UMA BOA QUESTÃO.
PERTINENTE (MUITO), PELO MENOS...

Estava eu a escrever o artigo sobre o Hector Guerra e, mais ou menos ao mesmo tempo, estava o Jorge a perguntar-se - tem toda a legitimidade para isso - se a aposta da Liberty Seguros, na Volta a Portugal, foi mesmo a melhor.

Pois é Jorge... terá sido?
Que foi aligeirada a responsabilidade do Américo com aquela queda do Guerra na chegada ao alto da Senhora da Assunção... isso foi.

É por isso - e perdoem-me o que a seguir vou escrever - que eu acho que falta coragem quando se discute o Ciclismo Português.

E vai já uma explicação muito minha mas que, peço desculpa, não admite contradição.
O Ciclismo Português, sendo ele estruturado como é... não admite discussões académicas em relação à nacionalidade dos corredores que compõem as diversas equipas.

E não admito, mas é que não admito mesmo e reagirei em conformidade, que me digam que a Maia, por exemplo - e é o melhor exemplo - ganhou quatro Voltas a Portugal com corredores estrangeiros e depois virem reinvidicar como vitórias "nossas" a do Andrei Zintchenko (LA) nos Lagos de Covadonga; do Claus Möller em Aitana - ambas na Vuelta - ou do Fabian Jeker na Volta às Astúrias.

Não há disso. De nacionalidades.

E seria o mesmo que confessar que o primeiro título internacional do FC Porto, em futebol, não contava, porque os golos foram apontados por um marroquino, Madjer, e por um brasileiro, Juary.

Mas voltemos à questão em discussão...

Deveria o Américo Silva ter dado liberdade ao Hector Guerra para discutir, por si, a Volta?
Poderia ele ter dado o segundo triunfo à equipa de Vítor Paulo Branco?
Não!...

Não e o problema não é do Américo Silva.
Nem será, indo a fundo na observação da corrida, de qualquer outro técnico.

O Cândido Barbosa é - quem teria a coragem de dizer o contrário?, até porque não há... contraditório - o Corredor que os portugueses QUEREM que ganhe a Volta.
O técnico da sua equipa não tem hipóteses de escolha.
Nem o Américo... nem, nenhum outro.

Por isso, e apesar dos "recados", o Cândido vai ficar na Liberty.
Porque nenhuma outra equipa com pretensões a ganhar a Volta o contratará.
Ou então o Cândido terá que ter a coragem - nunca duvidei que a tem, e não é isso que estou a querer dizer - de se passar para uma equipa de segunda dimensão.

Mas abreviando, porque, de facto - amanhã há mais uma via sacra a cumprir nos corredores do Hospital de Santa Maria - tenho mesmo que ir embora... o Cândido é neste momento o homem que todas as equipas querem ter... e que NENHUM director-desportivo quer...

Percebem o que quero dizer, não percebem?

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