quinta-feira, agosto 09, 2007

773.ª etapa


DESISTO!...

Não foi sem alguma tristeza que voltei a anotar o facto de a Organização não ter emendado os erros cometidos na primeira chegada em circuito, em Gouveia.

Uma vez mais, hoje, em Fafe, os corredores não foram avisados, quando da primeira passagem pela meta, pelo toque da regulamentar sineta de que ainda faltava uma volta.

Tal com voltámos a ver as placas indicadoras da distância para a meta envergonhadamente mostradas por um funcionário, por detrás das barreiras... (não reparei se o último quilómetro estava devidamente marcado...)

Provavelmente ninguém ainda lhes fez chegar estas observações.
Provavelmente ninguém se está a importar com os regulamentos...
Porque hei-de eu insistir?
Desisto...
...
Em relação à rubrica que inventei no primeiro dia da Volta, que não tinha outra motivação que não fosse o de, despreocupadamente e até de uma forma que (julgava eu) poderia ser didática, chamar por um sorriso de quem me lesse, depois de nos dias seguintes ter comprado todos os jornais... resolvi não voltar a ela.
Se me pusesse aqui a sublinhar o rol de imprecisões, a referir-me às opções - que, a mim, enquanto seguidor atento, sem que o Ciclismo, nomeadamente a presença em 15 Voltas que fiz, tivesse sido alguma vez qualquer espécie de prémio por bom comportamento - me chocam, varreria de uma ponta à outra todos os colegas que, por mérito, reconhecida experiência ou por que outro motivo tenha sido, foram os escolhidos para cobrir esta Volta. Não quero fazer isso.
Nem é porque tenha recebido mensagens, nem de ofendidos, nem de ameaças, nem é, muito menos ainda, por mero corporativismo.
Tenho lido coisas tão más que decidi não mais lhes dedicar aqui qualquer espaço.
Recupero a malfadada "guerra" da necessidade de o Ciclismo ser tratado por jornalistas que percebam alguma coisa de Ciclismo. Assunto pelo qual me bati aqui, o ano passado, de peito aberto. Também aqui baixo a guarda. Não vale a pena... desisto!
...
Não antes, porém, de aqui me referir às declarações do presidente do CNID, hoje, no Record.
O António Florêncio não sabe nada!
Não sabe porque não foi ouvido pelo presidente da FPC, não sabe porque foi redireccionado para o represante em Portugal da Associação Internacional de Jornalistas de Ciclismo - o Fernando Emílio.
Enquanto jornalista - acho que o é - não sabe porque é preciso ter a Carteira Profissional de Jornalista para se andar a faz...jornalismo!
E, pelo que ele mesmo diz, em vez de reunir com o representante da AIJC que mais não fosse, para perceber porque queremos que o Ciclismo seja coberto apenas por Jornalistas especializados, correu à ERC. Correu ao próprio João Lagos.
O eterno jogo de (baixas) influências.
O CNID devia ter reunido com o Fernando Emílio para saber. Saber porque os jornalistas especializados em Ciclismo têm como primeiro objectivo ver o Ciclismo bem tratado.
E basta comprar os jornais todos os dias para ver que anda na Volta quem não faz a mínima ideia do que é uma corrida de Ciclismo.
E, enquanto Associação de Jornalistas Desportivos, devia ser o primeiro a dar a cara na defesa dos Jornalistas.
Mas, ao longo destes últimos anos o CNID abraçou, sob a sua asa protectora, tudo o que lhe apresentou uma ficha de inscrição preenchida. E como são esses que pagam as quotas... não tem vergonha em vir a público defendê-los. O dinheirinho faz falta.
Mas como é que o António Florêncio explicará, numa entrevista a sério, que a Associação dos Jornalistas Desportivos tem como sócios elementos sem Carteira Profissional, sendo que só esta define quem é, ou não Jornalista?
E como é que defenderia o facto de, a troco de 30 euros, todos os que preencham a respectiva ficha, podem, através do CNID e sem serem JORNALISTAS PROFISSIONAIS, conseguirem ter o cartão da Associação Internacional da Imprensa Desportiva?
Peço ao António Florêncio que imagine o Clube de Cirurgiões de Alguidares de Baixo a proporcionar a qualquer taberneiro - só porque conseguiu ser sócio (nos mesmos moldes que se consegue ser sócio do CNID) uma cédula internacional que o identifique como... cirurgião.
Sem sequer ter frequentado um Curso de Medicina.
É esta e só esta a questão.

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