segunda-feira, agosto 06, 2007

758.ª etapa


AGORA... VENHA DE LÁ A MONTANHA
(Foi bonita a festa da Barbot-Halcon)

Mais uma belíssima etapa, a de hoje. A segunda da Volta a Portugal. Com a mais valia – é a minha opinião – de ter visto quase toda a gente a fazer alguma coisa para merecer o protagonismo.

Claro que a maior fatia das despesas do dia voltou a pertencer à DUJA-Tavira. O Vidal Fitas estará, com certeza, preparado para isso. Embora viva ali – mas não é o único – entre a dúvida do se há-de controlar a etapa para uma chegada ao sprint – mesmo que ignorássemos que o seu sprinter é o Camisola Amarela – e o poupar a equipa o mais que puder porque tem um candidato à vitória final e ele vai precisar de ajuda. Já a partir de amanhã.
Mas creio que o dia de hoje acabou a contento.

É verdade que os tavirenses tiveram que andar mais de metade da etapa na frente do pelotão, mas depois tiveram muitas ajudas, melhor… foram dispensados dessa obrigação e substituídos por outras que também sabiam que esta Volta, muito provavelmente, não voltará a proporcionar uma outra chegada massiva.

Voltou a acontecer uma fuga mas, desta feita, nunca o pelotão deu aos fugitivos demasiada… corda. Por isso, e apesar da iniciativa do ucraniano Oleg Chuzhda (Fuerteventura-Canárias), quando na passagem do Alentejo para a Beira Baixa ainda conseguiu andar vários quilómetros em solitário, desde cedo se perspectivou uma chegada em pelotão compacto.

Neste meio tempo, deve ser transcrito para memória futura que voltou a ser o Benfica a primeira equipa a substituir a DUJA-Tavira na cabeça do grande grupo mas, hoje, ao contrário do que ontem acontecera, havia muita gente com vontade de aparecer na frente. Da Riberalves-Boavista à Barloworld, da Relax às italianas. Com a Liberty Seguros a pegar na corrida a cerca de sete quilómetros da meta para lhe imprimir um ritmo sufocante mas que, mesmo assim, não logrou sacudir ninguém, mantendo-se o pelotão compacto.

E Castelo Branco pode assistir, a uma chegada ao sprint, é verdade, mas cujo resultado final escaparia a qualquer previsão. Hoje, num dia sem sustos e sem a necessidade de se fazerem recuperações extraordinárias, quase todas as equipas se mostraram mas, uma das poucas que não foi tão vista assim, nesta fase final da corrida, foi a que acabou por levar a vitória.

Expedito, um tudo-nada temerário mesmo, Francisco José Pacheco, da Barbot-Halcon descobriu o buraco da agulha por onde passar e, vindo de uma zona “cega” para os corredores que já assumiam a dianteira, logrou superar tudo e todos. Num sprint do qual destaco a força. Foi mesmo uma chegada musculada e a equipa de Vila Nova de Gaia – que até tentara algum protagonismo durante a etapa -, foi a premiada.

Mas, tanto a formação de Manuel Pinto e Carlos Pereira, como, principalmente Francisco José Pacheco já precisava (a primeira) e merecia (o segundo), um resultado destes.

É que o corredor que veio da Comunidade Valenciana (equipa elite/amadora) já este ano fizera quatro segundos lugares. E a Barbot-Halcon só contava com uma vitória individual em toda esta temporada.
Pedro Soeiro vencera o crono por séries na Volta a Trás-os-Montes.

Pacheco fora segundo no Troféu RDP Algarve-DUJA (atrás de Manuel Cardoso, da Riberalves-Boavista); na 3.ª etapa da Volta ao Concelho de Albufeira (Olhos d’Água-Albufeira), atrás de Bruno Neves, da LA-MSS-Maia; na 4.ª etapa da Volta ao Sotavento algarvio (Altura-Vila Real de Santo António), atrás, outra vez, de Manuel Cardoso; e outra vez segundo na 3.ª etapa do GP Abimota (Santa Maria da Feira-Montemor o Velho), aqui chegando à frente do grande pelotão mas um segundinho depois de o veterano Joaquim Sampaio ter cortado a meta.

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