terça-feira, agosto 07, 2007

760.ª etapa


OS JOVENS PINHO E CARDOSO

Mas o dia de hoje teve outros protagonistas que merecem que se lhe dedique algumas linhas. Em colectivo… ao sexteto de fugitivos que entrou isolado na Serra da Estrela. Depois… depois temos que descodificar algumas prestações.

Por exemplo… no ataque à contagem para o Prémio da Montanha, parece-me que, mesmo não tendo caído bem junto dos responsáveis pelas equipas dos seus companheiros de fuga, o jovem Celestino Pinho (Barbot-Halcon) que, tirando o prólogo onde, naturalmente, não pode haver fugas, ainda não conseguiu ficar quietinho dentro do pelotão em nenhuma das outras três etapas, tenha andado na roda para depois sprintar pelos pontos.

Acredito nas palavras do seu técnico, Carlos Pereira.

De facto ele hoje não tinha mais por onde ser espremido. Caiu mal junto aos outros companheiros de escapada o facto de não ter feito nada na subida para depois sprintar para a meta? Eu, sinceramente, acho que todos, agora, a frio, compreenderão.

Fora esse o seu objectivo ao entrar na fuga e, como ficou demonstrado… ele não tinha mesmo mais “sumo”.

E em relação ao Jacek Morajko (Riberalves-Boavista)?
Pois, e uma vez mais – sem estar a fazer favores a ninguém – acho que a táctica da equipa foi a mais correcta. Colaborar numa fuga que – apesar de ninguém, na verdade, ter acreditado que ela chegasse ao fim – poderia, em teoria, colocar o André Cardoso (Fercase-Rota dos Móveis) com uma vantagem difícil de superar, no que respeita à classificação da Juventude, em relação ao Tiago Machado não seria de todo lógico. E temos que perceber que a subida ao pódio é muito importante para todas as equipas.

O que aconteceu depois da primeira passagem pela meta é completamente irrelevante, descartável mesmo… daria o que desse e não dando nada já tinha dado (à Riberalves-Boavista) mais do que o esperado.

Entretanto, explorando a situação numa perspectiva muito mais publicitária do que desportiva, a Vitória-ASC ainda teve, às custas do suor do Paulo Barroso, direito à sua meia hora de visibilidade em pleno.
Foi merecida.
Pelo Paulo, pelo Zé Augusto, pelo António Campos… pelo Vitória.

Claro que o André Cardoso (Fercase-Rota dos Móveis) merece o título de herói do dia.
Com a permissão do Cândido Barbosa.
Ele andou na frente, ele puxou no grupo de fugitivos, ele ficou para trás – quando o Paulo Barroso ficou isolado –, ele recuperou, ele ficou sozinho na frente… e acabou por morrer na praia.

É um dos jovens com elevado potencial no nosso pelotão e aqui fica um “alerta” às equipas de topo que estão a precisar de se renovar… apontem aí nas vossas agendas: André Cardoso.(Espero que o Mário Rocha não leve a mal…)

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