QUERIA ESTAR AÍ CONVOSCO!...
Hoje é o Dia Zero da 69.ª Volta a Portugal.
Lá em baixo, em Portimão e arredores, adivinho a azáfama dos meus companheiros. Foi no Algarve que comecei. A minha primeira Volta, a 53.ª do historial da Prova Raínha do nosso Ciclismo.
Já o confessei várias vezes, não é exactamente uma inconfidência, fui a contra gosto.
Hoje é o Dia Zero da 69.ª Volta a Portugal.
Lá em baixo, em Portimão e arredores, adivinho a azáfama dos meus companheiros. Foi no Algarve que comecei. A minha primeira Volta, a 53.ª do historial da Prova Raínha do nosso Ciclismo.
Já o confessei várias vezes, não é exactamente uma inconfidência, fui a contra gosto.
Eu devia ter desconfiado quando o chefe, ainda n’A CAPITAL, me mandou fazer, primeiro uma corrida de jovens, júniores ou cadetes, já não me lembro. Depois o Troféu Joaquim Agostinho…
Mas eu tinha chegado há pouco à redacção. Não me passou pela cabeça que a Volta…
Mas eu tinha chegado há pouco à redacção. Não me passou pela cabeça que a Volta…
Foi um choque. Não estava, não estava mesmo preparado. Não conhecia ninguém. Menos de 15 dias antes, assim de repente, o chefe atirou: “Vais fazer a Volta!”. Foi em 1991.
Aterrei em Loulé, também aí no Algarve, sem saber ler nem escrever.
Nas pouco menos de duas semanas que tive para tentar preparar-me, aproveitava todas as horas mortas para me enfiar no arquivo do jornal e ler o mais que podia. Ver como os colegas que antes de mim tinham feito a Volta – o Cravo, acho… e o Ferro – tirava notas. Duas páginas. A etapa, as declarações dos heróis do dia, uma segunda peça de abertura, as classificações… uma coluna de breves. A etapa de amanhã… O problema era mesmo que eu não conhecia ninguém. Está bem, já fizera o Troféu Joaquim Agostinho… Ah!, se me tivesse passado pela cabeça que me ia calhar a Volta… Teria tentado aprofundar contactos… até com outros colegas.
Aqui valeu-me o Zé Rosa, o meu volante, que já ia na quarta ou quinta Volta consecutiva. Que conhecia toda a gente.
A corrida iniciou-se, tal como vai acontecer amanhã, com um prólogo, mas por equipas. Poucas hipóteses, para um principiante, para tentar fazer trabalho prévio…
Foi a primeira Volta a Portugal internacional… havia espanhóis, italianos… ao terceiro dia o camisola amarela era um espanhol e depois outro… Só problemas! É que de espanhol ou italiano não percebia nada... ou percebia, mas não era capaz de fazer perguntas!!!
No final das etapas, o Zé Rosa e o Carlos Alberto, o repórter fotográfico que me acompanhava, desapareciam. Apesar de A CAPITAL só sair para a rua na tarde… do dia seguinte à etapa, era preciso ir despachar os rolos com as fotos. Era assim.
E eu levava duas resmas de linguados, normalizados, com o logo do jornal e os tracejados que marcavam o número de batidas, mais outro com as folhas de títulos e… uma máquina de escrever. Verde.
Não me lembro se já havia alguém com portátil… Um ano ou dois depois a rapaziada do JN e d’O Jogo já tinham!
Foi há 16 anos. Por esta altura já íamos na 3.ª etapa, que o prólogo foi no dia 31 de Julho.
Ah!... Ganhou o Jorge Silva, da Sicasal, e a chegada foi na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Aterrei em Loulé, também aí no Algarve, sem saber ler nem escrever.
Nas pouco menos de duas semanas que tive para tentar preparar-me, aproveitava todas as horas mortas para me enfiar no arquivo do jornal e ler o mais que podia. Ver como os colegas que antes de mim tinham feito a Volta – o Cravo, acho… e o Ferro – tirava notas. Duas páginas. A etapa, as declarações dos heróis do dia, uma segunda peça de abertura, as classificações… uma coluna de breves. A etapa de amanhã… O problema era mesmo que eu não conhecia ninguém. Está bem, já fizera o Troféu Joaquim Agostinho… Ah!, se me tivesse passado pela cabeça que me ia calhar a Volta… Teria tentado aprofundar contactos… até com outros colegas.
Aqui valeu-me o Zé Rosa, o meu volante, que já ia na quarta ou quinta Volta consecutiva. Que conhecia toda a gente.
A corrida iniciou-se, tal como vai acontecer amanhã, com um prólogo, mas por equipas. Poucas hipóteses, para um principiante, para tentar fazer trabalho prévio…
Foi a primeira Volta a Portugal internacional… havia espanhóis, italianos… ao terceiro dia o camisola amarela era um espanhol e depois outro… Só problemas! É que de espanhol ou italiano não percebia nada... ou percebia, mas não era capaz de fazer perguntas!!!
No final das etapas, o Zé Rosa e o Carlos Alberto, o repórter fotográfico que me acompanhava, desapareciam. Apesar de A CAPITAL só sair para a rua na tarde… do dia seguinte à etapa, era preciso ir despachar os rolos com as fotos. Era assim.
E eu levava duas resmas de linguados, normalizados, com o logo do jornal e os tracejados que marcavam o número de batidas, mais outro com as folhas de títulos e… uma máquina de escrever. Verde.
Não me lembro se já havia alguém com portátil… Um ano ou dois depois a rapaziada do JN e d’O Jogo já tinham!
Foi há 16 anos. Por esta altura já íamos na 3.ª etapa, que o prólogo foi no dia 31 de Julho.
Ah!... Ganhou o Jorge Silva, da Sicasal, e a chegada foi na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Depois… fiz a segunda, a terceira… a quinta… a décima… a 15.ª, sem interrupções. Até ao ano passado. E agora, outra vez, aqui estou… para ver pela televisão.
Queria estar aí convosco!
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