segunda-feira, agosto 20, 2007

Maldição...mas pouco


Dentro das minhas disponibilidades, assisti a algumas transmissões em directo da Volta a Portugal.
Apesar de terem o monopólio da transmissão, via RTP, mesmo quando tenho escolha, caso do Tour e Vuelta, opto pelo canal nacional.
E não o faço apenas por uma questão de ser de cá, mas porque acho que o João Pedro Mendonça e o Marco Chagas fazem uma dupla que se complementa, sendo uma mais valia para quem vê.

Numa das etapas, já não sei precisar qual, Chagas afirmou qualquer coisa como isto: “vamos ver se a maldição do vencedor do Troféu Joaquim Agostinho, não conseguir ganhar a Volta, no mesmo ano, se mantém”.

Registei... desconfiado.

Quando terminou a edição deste ano, com a vitória de Xavier Tondo, concluí que a maldição tinha terminado, porque o espanhol também ganhou em Torres Vedras.

Pois é... mas antes de escrever, fui confirmar. E não é que o Chagas estava enganado.

A tal maldição já tinha terminado em 1995, quando o actual DD do Benfica, Orlando Rodrigues, ganhou ao serviço da espanhola Artiach as duas provas.

Pelo caminho até 2007, já David Bernabéu, com o jersey da Milaneza/Maia, tinha conseguido esta dobradinha portuguesa, em 2004.

É caso para dizer que no melhor pano cai a nódoa.

2 comentários:

Nuno Inácio disse...

E não é que no final da volta, o Manel Zeferino tambem recordou essa falha, mas por causa de uma pergunta de um outro colega da C.S....

mzmadeira disse...

Abandonei, em definitivo, a intenção que tinha de fazer no VeloLuso uma espécie de balanço ao que os media nos ofereceram nos 12 dias de Volta a Portugal. Sobre aquilo que, enquanto mero leitor/espectador – ok… talvez com um pouco mais de conhecimentos do que a maioria dos leitores/espectadores – me foi dado ler, ver e ouvir sobre a Volta.
E tinha apontado aqui no meu caderninho exactamente essa questão. Não cheguei a ir procurar, mas ainda bem que tu o fizeste, Jorge.

A verdade é que, desde 1991, a Volta (15 edições consecutivas) e o Troféu Joaquim Agostinho (14 – com uma interrupção em 2000) foram as corridas nas quais mais vezes estive.

Achei estranho nunca ter dado por isso. Isso da tal tradição…
Aliás, no dia da Senhora da Graça o JN – um jornal com responsabilidades, em termos de Ciclismo – escrevia que nunca ninguém ganhou duas vezes na Senhora da Graça. O que é absolutamente falso.
E também por aquela coisa – essa sim, comprovadíssima – de nunca ninguém, em 25 anos ter repetido o triunfo na Volta ao Alentejo.

Claro que, sabedor desta tradição, achei estranho eu próprio não saber de outra equivalente. Mas confesso que não fui verificar. E de memória… pois, já teve melhores dias a minha memória.

E, lendo agora o que escreveste, com um tudo-nada de orgulho auto felicito-me por te ter convidado, a ti Jorge, para esta (ainda) pequena equipa que faz o VeloLuso.

Porque é que digo isto?
Porque ando a magicar cá umas ideias…
Quando, sem menosprezar ninguém, vejo sítios e fóruns sobre Ciclismo a nascer e crescer que nem cogumelos… provavelmente o VeloLuso pode alargar a sua área de intervenção. Enquanto espaço de opinião, que não de noticiário, claro!

E, se um dia eu deixar de constar como seu membro, pelo menos já consegui trazer para cá quem eu queria para poder coordená-lo. Com rigor e sensatez.